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O termo tricotilomania origina-se do grego tricho (cabelo), till (arrancar) e mania (loucura). Este é um quadro conhecido desde a antiguidade, tendo sido descrito por Hipócrates.
A prevalência deste transtorno tem sido descrita entre 1 – 3% da população, sendo mais comum em mulheres, seu início costuma ocorrer antes da idade adulta.
O ato de arrancar o cabelo costuma ser precedido por uma tensão e é seguido por uma sensação de alívio. Ressalta-se que é necessária que ocorra uma área de perda de cabelo (alopecia).
Qualquer área do corpo pode ser atingida, sendo mais comum o couro cabeludo, os cílios e as sobrancelhas.
Segundo a American Psychiatric Association (2014) a Tricotilomania é classificada entre os transtornos de impulso.
Há que se investigar se ocorre a tricofagia (ingerir os cabelos).
Critérios diagnósticos:
Critérios Diagnósticos para F63.3 – 312.39 Tricotilomania
A. Arrancar o próprio cabelo de forma recorrente, resultando em perda de cabelo.
B. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o coportamento de arrancar o cabelo.
C. O ato de arrancar o cabelo causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
D. O ato de arrancar cabelo ou a pera de cabelo não se deve a outra condição médica (p. ex., uma condição dermatológica).
E. O ato de arrancar cabelo não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental (p. ex., tentativas de melhorar um defeito ou falha percebidos na aparência, no transtorno dismórfico corporal).
Referências:
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Referência Rápida aos critérios diagnósticos do DSM-5. Porto Alegre: ARTMED; 2014.