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 A palavra dismorfia origina-se de dis= anormal e morfia= forma do corpo.
 A expressão dismorfofobia foi criada por Enrico Morselli em um artigo publicado em 1891. Em 1903, Pierre Janet descreveu um caso de obsessão pela vergonha do corpo.
O início dos sintomas costuma ocorrer entre os 10 e 20 anos e as queixas mais comuns costumam ser na face, por exemplo, nariz comprido, pele avermelhada, acne, rugas, pelos, lábios e cabelos, embora outras áreas do corpo possam ser afetadas. Nas mulheres a maior preocupação costuma ser a pele ou os cabelos (volume e comprimento); nos homens o cabelo também é causa de preocupação (calvície) e o tamanho dos genitais.
Há poucas informações sobre a prevalência do Transtorno Dismórfico Corporal, no entanto, as pesquisas apontam para taxas entre 0,1 e 1%. Uma observação a ser feita, é que estes pacientes costumam procurar não um psiquiatra ou psicólogo, mas um dermatologista ou cirurgião plástico, com o objetivo de corrigir o suposto “defeito”.

A maior parte dos sujeitos tenta “camuflar” as imperfeições, podendo demorar um bom tempo neste processo e fazendo várias checagens, em espelhos, vitrines etc.

Critérios diagnósticos para este transtorno:

A. Preocupação com um ou mais defeitos ou falhas percebidas na aparência física que não são observáveis ou que parece leves para os outros.
B. Em algum momento durante o curso do transtorno, o indivíduo executou comportamentos repetitivos (p. ex., verificar-se no espelho, arrumar-se excessivamente, beliscar a pele, buscar tranquilização) ou atos mentais (p. ex., comparando sua aparência com a de outros) em resposta com as preocupações com a aparência.
C. A preocupação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes na vida do indivíduo.
D. A preocupação com a aparência não é mais bem explicada por preocupações com a gordura ou peso corporal em um indivíduo cujos sintomas satisfazem os critérios diagnósticos para um transtorno alimentar.

Especificar-se:
Com dismorfia muscular: O indivíduo está preocupado com a idéia de que sua estrutura corporal é muito pequena ou insuficiente musculosa. O especificador é usado mesmo que esteja preocupado com outras áreas do corpo, o que com frequência é o caso.

Especificar-se:
Indicar o grau de insight em relação às crenças do trantorno dismórfico corporal (p. ex., “Eu pareço feio” ou “Eu pareço deformado”).
Com insight bom ou razoável: O indivíduo reconhece que as crenças do transtorno dismórfico corporal são definitivas ou provavelmente não verdadeiras ou que podem ou não ser verdadeiras.
Com insight pobre: O indivíduo acredita que as crenças do transtorno dismórfico corporal são verdadeiras.
Com insight ausente/crenças delirantes: O indivíduo está completamente convencido de que as crenças do transtorno dismórfico corporal são verdadeiras.

Referências:

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Referência Rápida aos critérios diagnósticos do DSM-5. Porto Alegre: ARTMED; 2014.
GAMA F.L. O transtorno Dismórfico Corporal. In: Gama F.L. De mal com o espelho: o Transtorno Dismórfico Corporal. 2007;42-53.

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