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O que é Distimia?

A distimia ocorre em 3-5% da população (Kaplan,1997) e pode preceder o Transtorno Depressivo Maior em 10 -20% dos casos. A cada ano, cerca de 10% dos indivíduos com Transtorno Distímico isolado terá um primeiro Episódio Depressivo Maior (APA, 2014). O Transtorno Distímico (Distimia) é menos grave, porém mais duradouro do que o Transtorno Depressivo Maior. Na Distimia, o humor deprimido deve estar presente na maior parte dos dias por um período mínimo de 2 anos. No Transtorno Depressivo Maior, geralmente ocorrem Episódios Depressivos distintos que podem ser diferenciados do funcionamento habitual da pessoa, é como se fosse um “corte”, a pessoa estava bem, então tem um Episódio Depressivo. A distimia caracteriza-se por sintomas depressivos crônicos e menos severos, presentes por muitos anos, como se estivesse “contaminando” a vida do sujeito ao longo do tempo.


Critérios Diagnósticos para F34.1 – 300.4 Transtorno Distímico:

A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato subjetivo ou observação feita por outros, por pelo menos 2 anos.

Nota.: Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, e a duração deve ser de no mínimo 1 ano.

B. Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das seguintes características:

(1) apetite diminuído ou alimentação em excesso.
(2) insônia ou hipersonia.
(3) baixa energia ou fadiga.
(4) baixa autoestima.
(5) fraca concentração ou dificuldade em tomar decisões.
(6) Sentimentos de desesperança.

C. Durante o período de 2 anos (1 ano, para crianças ou adolescentes) de perturbação, jamais a pessoa esteve sem os sintomas dos Critérios A e B por mais de 2 meses.
D. Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar continuamente presentes por dois anos.
E. Jamais houve um espisóio maníaco ou um episódio hipomaníaco e jamais foram satisfeitos os critérios para transtornos ciclotímicos.
F. A pertubação não é mais bem explicada por um transtorno esquizoafetivo persistente, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado.
G. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipotireoidismo).
H. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes na via do indivíduo.

Nota: Como os critérios para um espisódio depressivo maior incluem quatro sintomas que estão ausentes da lista de sintomas para transtorno depressivo persistente (distimia), um número muito limitado de indivíduos tará sintomas depressivos que persistiram por mais de dois anos, mas não irá satisfazer os critérios para transtorno depressivo persistente. Caso tenham sido satisfeitos todos os critérios para um episódio depressivo maior em algum momento durante o episódio atual da doença, tais indivíduos devem receber diagnóstico de transtorno depressivo maior. De forma alternativa, um diagnóstico de transtorno depressivo maior. De forma alternativa, um diagnóstico de outro transtorno depressivo especificado ou transtorno depressivo não especificado.

Especificar se:
Início Precoce: se o início ocorreu antes dos 21 anos.
Início Tardio: se o início ocorreu aos 21 anos ou mais.
Especificar-se:
Durante um período mínimo de 2 anos houve vários períodos de sintomas hipomaníacos que não satisfazem os critérios para um Episódio Maníaco; da mesma forma, ocorreram vários períodos de sintomas depressivos que não satisfazem os critérios para um Episódio Depressivo Maior.

Um dos tratamentos preconizados é a Terapia Cognitivo-comportamental, que pode ser utilizada combinada com psicofármacos.

Referências:

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Referência Rápida aos critérios diagnósticos do DSM-5. Porto Alegre: ARTMED; 2014.     

KAPLAN H, SADOCK B, GREBB S S.(1997). In: KAPLAN H, SADOCK B, GREBB S. Compêndio de Psiquiatria. 7a ed. Porto Alegre: Artes Médicas.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10: Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas.  1993.

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