Você já deve ter escutado sobre a síndrome de Borderline, pois ela foi muito debatida/comentada pelo motivo de uma participante do reality “A Fazenda 12” não ter conseguido controlar seu transtorno dentro da atração e seus surtos terem causado uma grande repercussão sobre o assunto. Depois do programa, a procura da palavra “Borderline” no Google aumentou muito, o que é muito positivo, principalmente para quem sofre deste transtorno. Quanto mais informação, mais a pessoas que sofrem desta condição podem ser elucidadas a respeito da doença e procurar tratamento, além de favorecer mais a empatia e aceitação da sociedade.
CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE OS SINTOMAS:
Você vai de uma alegria de fazer inveja a uma tristeza profunda num piscar de olhos porque alguém te irritou. Os ânimos saem de controle e gritos, palavrões e até socos brotam do nada, deixando todos de queixo caído. Na sequência da explosão, volta a calmaria, com um grande remorso e medo de ser abandonado. Essa montanha russa de emoções pode vir acompanhada de vontades estranhas, como beber até cair ou se cortar, porque qualquer nova dor física é vista como um alívio para a dor interna.
A descrição acima pode dar ideia de como se sente uma pessoa diagnosticada com borderline. A palavra significa limítrofe, ou no limite das emoções e é um transtorno de personalidade de difícil diagnóstico.
Não há estatísticas sobre a prevalência do transtorno no Brasil. Na população mundial, é estimada em 2%, embora estudos mostrem que a proporção pode chegar a 5,9% —é que boa parte dos casos deve ficar sem diagnóstico adequado e entre 8 a 10% dos indivíduos com esse tipo de transtorno cometem suicídio, segundo a ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria. A síndrome atinge tanto homens quanto mulheres, mas desse total, 75% dos casos são em pessoas do sexo feminino.
QUAIS AS CAUSAS DO TRANSTORNO BORDERLINE?
Como outros transtornos mentais, não existe um só fator, mas diversos fatores, como genéticos, ambientais e neurológicos que, combinados, podem levar ao desenvolvimento do Transtorno Borderline. As crises geralmente manifestadas após conflitos emocionais difíceis ao longo da vida, que podem ser experiências como de morte ou separação, até abuso sexual – principalmente na infância e/ou adolescência. Geralmente, acomete pessoas que cresceram em ambientes afetiva e emocionalmente conturbados.
EXISTE CURA?
Com psicoterapia, não existe a cura, mas melhoras. Se houve cura, é mais provável que o indivíduo não era borderline. Os especialistas preferem falar em “pequenas curas que vão se somando” as relações ficam mais estáveis, a tolerância à frustração aumenta, a capacidade de reflexão se expande e controlar certos impulsos torna-se possível.
A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) ajuda a pessoa a identificar e transformar determinados comportamentos que podem ser ruins para si mesma e a outras pessoas.
Esta abordagem terapêutica leva o paciente a aprender como lidar melhor com pensamentos paranoicos, entender e controla suas emoções e também reduzir a ansiedade.