A esquizofrenia é uma condição marcada por surtos em que o mundo real acaba substituído por uma realidade distorcida, com delírios e alucinações. Ela causa alterações no funcionamento da mente que provoca distúrbios do pensamento e das emoções, mudanças no comportamento, além de perda noção da realidade e do juízo crítico. O transtorno afeta 2 milhões de brasileiros e em torno de 1% da população do planeta.
Geralmente a esquizofrenia se inicia com uma simples apatia no final da adolescência e no começo da vida adulta, na faixa dos 18 aos 30 anos. Aos poucos, o indivíduo abandona as atividades rotineiras e se isola. Suas reações ficam estranhas e desajustadas, ele não esboça os sentimentos esperados diante de fatos tristes ou felizes. É comum o surgimento de vozes na mente do indivíduo, que perturbam e assombram, além de alterações nos sentidos como sensações de cheiro ruim ou baratas andando sobre a pele por exemplo. Os delírios prejudicam o bem estar da pessoa e sua conexão com as pessoas.
PRINCIPAIS SINTOMAS
Existem diversos sintomas que estão presentes em uma pessoa com esquizofrenia.
Os mais recorrentes são:
- Delírios, que surgem quando a pessoa acredita vivamente em algo que não é real, como que está sendo perseguida, traída ou que tem super-poderes, por exemplo.
- Alucinações: percepções vívidas e claras de coisas que não existem, como ouvir vozes ou ter visões;
- Pensamento desorganizado, em que a pessoa fala coisas desconexas e sem sentido;
- Anormalidades na forma de se movimentar, com movimentos descoordenados e involuntários, além do catatonismo, caracterizado pela falta de movimentação, presença de movimentos repetidos, olhar fixo, caretas, eco da fala ou ficar mudo, por exemplo;
- Alterações do comportamento, podendo haver surtos psicóticos, agressividade, agitação e risco de suicídio;
- Sintomas negativos, como perda da vontade ou iniciativa, falta de expressão emocional, isolamento social, falta de autocuidado;
- Falta de atenção e concentração;
- Alterações na memória e dificuldades no aprendizado.
Infelizmente, é uma doença que não tem cura, mas tem controle com medicamentos. O acompanhamento com psicólogo é outro pilar fundamental. As sessões de terapia cognitivo-comportamental são indicadas para o paciente entender as próprias emoções, ponderar os pensamentos e, principalmente, identificar os gatilhos que podem desencadear os surtos.